11/03/2015 16h51 – Atualizado em 11/03/2015 16h51
As exportações de carne bovina do Brasil, maior exportador global do produto, somaram 194 mil toneladas no primeiro bimestre, queda de 28% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impacto de menores vendas para a Rússia, que teve um janeiro atipicamente forte em 2014.
Somando-se o faturamento nos dois primeiros meses do ano, o setor exportou um total de US$ 859 milhões, queda de 26% em relação ao mesmo período de 2014, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
“No ano passado, tivemos um movimento atípico em janeiro, já que as cotas de importação da Rússia haviam sido distribuídas em dezembro, refletindo no aumento das exportações no primeiro mês do ano”, explicou o presidente Abiec, Antônio Jorge Camardelli, em nota.
Ele ressaltou que o setor espera uma recuperação gradativa, já que a situação na Rússia, importante importador do produto brasileiro, começa a se estabilizar.
“Os preços estão se ajustando, o rublo voltando a subir e o dólar está num patamar favorável às exportações”, acrescentou.
Camardelli destacou também a recente reabertura de importantes mercados como Iraque e África do Sul, além de boas perspectivas com o fim definitivo dos embargos de China, Arábia Saudita e Japão, e a possibilidade de abertura para os EUA. Isso, afirmou ele, permite ao setor “manter a expectativa de atingir novo recorde em 2015”.
As exportações da indústria de carne bovina brasileira somaram 432 milhões de dólares em fevereiro, com embarques de mais de 98 mil toneladas.
Com relação a janeiro, os números mostram recuperação, com crescimento de 1,39% em faturamento e 1,90% em volume, disse a Abiec.
Carne suína
Já as exportações de carne suína (considerando todos os produtos exportados) totalizaram, em fevereiro, 26,3 mil toneladas, volume 28,6% inferior ao obtido no mesmo período de 2014. Os números, levantados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), indicam ainda uma queda de 31,7% na receita obtida com os embarques do mês, atingindo US$ 65,977 milhões.
No acumulado do ano, o setor registrou redução de 24% em relação ao desempenho do primeiro mestre do ano passado, com 54,5 mil toneladas. Houve queda também na receita, de 26%, chegando ao total de US$ 138,3 milhões.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria