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Milho: Na CBOT, mercado acompanha informações do financeiro e inicia a semana com ligeiras perdas

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31/08/2015 16h54 – Atualizado em 31/08/2015 16h54

Por: Gazeta do Campo

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a semana com leves quedas, próximos da estabilidade. Por volta das 8h02 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato setembro/15 operava estável a US$ 3,63 por bushel.

Os investidores permanecem acompanhando as informações do mercado financeiro. Nesta segunda-feira (31), as bolsas asiáticas voltaram a recuar antes de dados que poderão sinalizar quando os Estados Unidos irão elevar a taxa de juros e pesquisas que devem apontar mais fraqueza na China, conforme dados reporte da agência Reuters.

Paralelamente, o mercado também foca a consolidação da safra norte-americana. Até a semana anterior, cerca de 85% das plantas ainda estavam em fase de enchimento de grãos, segundo divulgou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão atualiza os números no final da tarde desta de hoje, em seu novo boletim de acompanhamento de safras.

Ainda hoje, o departamento reporta novo relatório de embarques semanais, que pode influenciar o andamento das negociações. Na semana anterior, os embarques foram indicados me 883,987 mil toneladas de milho.

Confira como fechou o mercado na última sexta-feira:

Milho: Em meio à valorização do dólar, preços têm semana positiva no Brasil

A semana foi positiva aos preços do milho praticados nos Portos brasileiros e no mercado interno. Frente à forte valorização do câmbio, as cotações subiram 1,59% em Paranaguá e a saca para entrega em outubro/15 fechou a sexta-feira (28) a R$ 32,00. No terminal de Santos, a valorização foi de 3,13%, com a saca cotada a R$ 33,00.

Enquanto isso, no mercado interno, os ganhos semanais ficaram entre 5,13% e 2,88%. A praça de Jataí (GO), foi a que registrou maior valorização, de 5,13%, com a saca negociada a R$ 20,50. Nas três praças do estado do Paraná, Ubiratã, Londrina e Cascavel, o ganho foi de 2,88%, com a saca do milho cotada a R$ 21,40.

Na região de Não-me-toque (RS), a alta semanal foi de 4,35% e a saca do milho ficou a sexta-feira a R$ 24,00. Já em Campo Novo do Parecis (MT), o preço subiu 3,23%, com a saca do cereal a R$ 16,00, em Tangará da Serra, também no estado mato-grossense, a alta foi de 2,94% e a saca a R$ 17,50.

Somente na semana, o câmbio registrou uma valorização de 2,55%. Já nesta sexta-feira, o fechamento da moeda norte-americana ficou em R$ 3,5853 na venda, com alta de 0,91%. De acordo com informações da agência Reuters, o dólar subiu refletindo o quadro local conturbado após dados fracos e em meio a novos sinais de turbulências políticas no Brasil.

O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que 70% da safrinha de milho já foi negociada. “O que resta é um volume pequeno e ainda temos demanda forte e muitos compradores. Além disso, temos que ressaltar a demanda interna, principalmente vinda do setor de rações, aves e suínos que estão aumentando as exportações. Com isso, precisaremos de mais milho para alimentar os animais”, afirma.

Em meio a esse cenário, o consultor ainda destaca que a virada do ano de 2015 deverá ser de aperto no abastecimento do milho. “Produtor rural ainda terá renda e será positiva”, completa. Para a safrinha, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta a produção em 53.997,2 milhões de toneladas. No total, entre primeira e segunda safra, o volume colhido deverá ficar em 84.304,3 milhões de toneladas do grão.

Já as exportações brasileiras de milho totalizaram 1.405,2 milhões de toneladas até a terceira semana de agosto, com média diária de 93,7 mil toneladas. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para essa temporada, os analistas e consultorias privadas estimam as exportações brasileiras elevadas, podendo superar os 26 milhões de toneladas registrados em 2013.

BM&F Bovespa

Na BM&F Bovespa, as cotações do milho fecharam a semana com valorizações entre 3,17% e 5,04%. As cotações do cereal exibiram altas entre 1,03% e 2,15% no pregão desta sexta-feira. O vencimento setembro/15 era cotado a R$ 29,30/sc. O dólar também tem sido componente importante e tem dado sustentação aos preços da commodity na bolsa brasileira.

Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta sexta-feira (28) em campo misto. As principais posições da commodity exibiram ligeiros ganhos, de 0,25 pontos. Apenas o vencimento setembro/15 recuou 0,50 pontos, cotado a US$ 3,63 por bushel. Na semana, o balanço foi levemente negativo, com desvalorizações entre 0,44% e 0,60%.

Os últimos pregões foram marcados, principalmente por informações vindas do mercado financeiro. A forte queda registrada nos mercados acionários da China elevou as preocupações com a economia do país e, consequentemente, pesou sobre os preços das commodities. Do mesmo modo, a valorização do câmbio frente a outras moedas também contribuiu para pressionar os contratos do cereal.

Na contramão desse cenário, as vendas para exportação reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira, deram suporte aos preços da commodity. Até a semana encerrada no dia 20 de agosto, as vendas do grão somaram 854,8 mil toneladas. O volume ficou dentro das perspectivas dos participantes do mercado e acabou dando sustentação aos preços.

Paralelamente, o clima ainda permanece no foco dos investidores, uma vez que, em torno de 85% das plantações do cereal está em fase de enchimento de grãos, de acordo com o último boletim de órgão. O departamento irá atualizar os números da safra norte-americana na próxima segunda-feira (31).

Conforme dados divulgados pelo NOAA – Serviço Oficial de Meteorologia do país – no intervalo dos próximos 6 a 10 dias, as chuvas deverão ficar dentro da normalidade no Meio-Oeste dos EUA. Já as temperaturas deverão ficar mais elevadas no mesmo período.

Além disso, ainda pairam dúvidas no mercado quanto ao real tamanho da safra norte-americana nesta temporada. O USDA projeta uma produção de 347,64 milhões de toneladas, em contrapartida, as consultorias e o Pro Farmer estimam a safra próxima dos 338 milhões de toneladas.

Fonte: Notícias Agricolas

Foto: Divulgação

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