12/11/2015 16h14 – Atualizado em 12/11/2015 16h14
Os dados compilados pelo MAPA junto à SECEX/MDIC apontam que, em comparação ao mesmo mês de 2014, em outubro passado ocorreu refluxo generalizado nos embarques de carnes. A ponto de o volume acumulado no ano – positivo até o mês de setembro – agora apresentar queda de 1,2% em relação ao que foi embarcado entre janeiro e outubro do ano passado.
As carnes de frango, suína e de peru registraram aumento – de, respectivamente, 3,78%, 5,96% e 7,71%. Mas isso não foi suficiente para reverter a queda de 14,11% nas exportações de carne bovina, incidente apenas sobre o produto in natura (a carne bovina industrializada teve aumento não só no volume, mas também no preço médio e, por decorrência, na receita cambial).
Por falar em preço médio, a redução continua recaindo sobre, praticamente, todos os itens exportados, a exceção ficando apenas com a (já citada) carne bovina industrializada. Mas como seu volume é pouco representativo, não influência o resultado global. Assim, os 10 primeiros meses de 2015 foram fechados com uma queda de 15% no preço médio das carnes exportadas. Nesse processo, o preço médio da carne de frango recuou pouco mais de 14%, da carne bovina 7%, o da suína 25% e o da carne de peru quase 17%.
Frente a tal cenário, o resultado final só pode ser o agravamento das perdas cambiais. Assim, sem ter conseguido aumentar o volume exportado (apesar da redução de 15% no preço médio), as carnes fecham os 10 primeiros meses de 2015 com uma receita cambial 16% menor que o de idêntico período de 2014.
Fonte: Avisite