16/12/2015 15h54 – Atualizado em 16/12/2015 15h54
Os números do IBGE relativos à produção brasileira de carne de frango do terceiro trimestre e dos nove primeiros meses de 2015 não apresentaram surpresa. Não, pelo menos, para quem acompanha mensalmente a evolução do setor a partir da produção de pintos de corte divulgada pela APINCO. Porque os índices de evolução apontados são muito similares entre si.
Naturalmente, os valores nominais de uma e outra instituição diferem entre si. Porque, em essência, o levantamento do IBGE está restrito a abatedouros com algum tipo de inspeção sanitária – federal, estadual ou municipal. Como, portanto, relevam o chamado “abate clandestino” (alguns estados não têm qualquer tipo de inspeção), apresentam, naturalmente, volumes menores que os apontados pelo setor avícola.
Mas os valores relativos são muito similares. Número de cabeças abatidas, por exemplo. Para o terceiro trimestre de 2015 o IBGE aponta variação anual de 6,9% e os números estimados a partir do levantamento da APINCO* mostram evolução de 6,3%. Diferença, portanto, de 0,6 ponto percentual.
Essa diferença cai para meio ponto percentual na análise do abate dos nove primeiros meses do ano. Pois o IBGE aponta evolução de 4,9% e o número da APINCO conduz a um incremento de 4,4%.
No tocante ao volume de carne de frango produzida a diferença no terceiro trimestre aumenta e chega a 1,4 ponto percentual. Pois enquanto o IBGE aponta variação anual de 5,1%, os números da APINCO mostram incremento de 6,5%. Mas até essa diferença se justifica, porquanto os números da APINCO apenas apontam um potencial médio de produção (não necessariamente atingível), enquanto os dados do IBGE se referem à produção efetiva.
Mesmo assim – e curiosamente – essa diferença praticamente desaparece quando são tomados os resultados relativos aos nove primeiros meses do ano. Pois o incremento do IBGE é de 5,1% e o sugerido pela APINCO de 5,2%.
Levando em conta os resultados atuais e supondo-se que no trimestre final de 2015 os números sejam similares aos do terceiro trimestre, o potencial de produção do corrente exercício chegará aos 13,5 milhões de toneladas, enquanto o volume inspecionado ficará próximo dos 13,190 milhões de toneladas.
Fonte: Avisite