29/03/2016 11h37 – Atualizado em 29/03/2016 11h37
Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa, sem vacinação. A última ocorrência da doença, no estado, foi em dezembro de 1993 e, em 2007, foi reconhecido o status fitossanitário sem vacinação. Além de Santa Catarina, o Brasil quer outras zonas livres de vacina e, para isso, a cadeia produtiva de carne bovina tem trabalhado com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para avançar na erradicação da doença no território nacional e sustentar essa condição sanitária.
O assunto foi levantado e discutido na 43ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Mapa, no último dia 23/03. O coordenador do PNEFA, Plínio Lopes, explicou que a vacina é essencial para evitar possível ocorrência e proliferação da doença, mas o Brasil já tem 77% do território reconhecido como zona livre de aftosa com vacinação e tem condições de conquistar o status sem a vacina em outros estados. “A última ocorrência da doença no país foi registrada no Mato Grosso em 2006. O processo de suspensão da vacina é trabalhoso, mas precisamos evoluir e garantir um avanço seguro sem o medicamento”, disse Plínio.
O objetivo do PNEFA é implantar progressivamente novas zonas livres da doença e manter as atuais, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela OIE. O trabalho é executado por meio de um sistema de vigilância apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial, com a participação da comunidade. A ampliação da zona livre com vacinação para os estados do Amazonas, Roraima e Amapá – 22,8% do território nacional – está entre as metas do programa para este ano. “A CNA buscará apoio financeiro sobre o trabalho de revisão do PNEFA e ao estabelecimento de um cronograma para a retirada da vacina aos poucos”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo.
Fonte: CNA