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ABCZ: Fatos e números dizem tudo

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06/05/2016 12h29 – Atualizado em 06/05/2016 12h29

Por Frederico Cunha Mendes

O ingresso de milhares de pessoas na classe média mundial vai gerar forte demanda por alimentos, principalmente nas nações asiáticas. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) estima que até 2024 o consumo mundial de carnes (bovina, suína e frango) crescerá 15%. Só de carne bovina, a perspectiva é a de que os chineses elevem importações, até 2020, em 32%.

O Brasil, que já responde por um 7,7% do comércio agropecuário mundial e chegará a 10% em 2018, assumirá papel determinante na garantia da segurança alimentar mundial. Além disso, o país costura negociações para exportar carne in natura para os EUA e Japão. Abatemos apenas 20% do rebanho, contra 40% dos EUA e 30% da Austrália

E este último país, por exemplo, tem aumentado em 0,9%, ao ano, o peso das carcaças bovinas desde 1980 e os Estados Unidos 0,8%, enquanto o Brasil apenas 0,4%. Ou seja, temos grande espaço para melhorar genética, nutrição e manejo do gado. Soma-se ainda o fato de termos de melhorar substancialmente nossa representatividade política, para confirmar definitivamente o protagonismo brasileiro.

Daí a importância do momento crucial vivido pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), que tem a oportunidade de manterá viva uma série de projetos que trabalha todos os pontos desafios já citados. No que diz respeito à genética, o Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos (PMGZ), que já soma mais 12 milhões de animais avaliados e 1,1 milhão de matrizes cadastradas no banco de dados, provocou mudanças radicais na filosofia de atendimento da entidade.

As modificações também permitiram maior envolvimento dos técnicos de registro e de comunicações na avaliação das tendências genéticas dos plantéis, subsidiando os criadores nos acasalamentos. A novidade ajudou a estreitar a distância entre a entidade e os mais de 22 mil associados espalhados pelo País, que, futuramente, ainda desfrutarão de novos serviços, sem custos adicionais.

Um dos meus planos para o PMGZ é a que a Genômica seja incorporada no programa. A inserção da tecnologia de DNA geraria grande impacto, inclusive econômico, especialmente quanto à possibilidade do uso de touros jovens no teste de progênie, elevando-se a acurácia das DEPs de 34% para mais de 70%. Em meu plano de trabalho pretendo ainda potencializar o atendimento do PMGZ, capacitando os 105 técnicos espalhados por todo o território nacional para que ofereçam consultoria total aos associados, baseado em um verdadeiro “upgrade” no Produz.

Outra ação direta na ampliação dos serviços da ABCZ está na realização da ExpoZebu Dinâmica, onde, neste ano, a genética zebuína ganhou espaço especial. Os criadores participantes do 100% PMGZ têm espaço reservado para expor animais, assim como os criadores de raças leiteiras participam do 4º Concurso Leiteiro Natural. O gado permanecerá em uma área de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), privilegiando o bem-estar animal, com sombra e temperatura adequadas.

São esses os avanços que fazem da ABCZ mais do que uma entidade cartorial. Fora da porteira, a associação é a entidade mais atuante e representativa do setor, defendendo os interesses da pecuária nacional por meio de assentos na Câmara Setorial da Carne Bovina, Comissão Permanente da Pecuária de Corte da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária e Instituto Pensar Agro. E dentro da porteira, buscamos oferecer aos associados uma visão macro de suas propriedades, identificando pontos críticos e aplicando soluções.

Todo esse reconhecimento construído na última década foi preservado e implementado em nosso plano de trabalho.

  • Frederico Cunham Mendes é diretor e candidato à presidência da ABCZ

Frederico Cunham Mendes é diretor e candidato à presidência da ABCZ

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