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Comunidade científica e seu esforço pela sustentabilidade

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15/06/2016 10h48 – Atualizado em 15/06/2016 10h48

Intensificação sustentável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) é possível e o Brasil tem ciência e tecnologia para isso, impressões finais após três dias de discussões durante o II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (II SIGEE), realizado pela Embrapa e Sistema Famasul, em Campo Grande (MS). O evento contou a participação de cientistas brasileiros e do exterior, como Itália, França, Escócia e Austrália, e reuniu os resultados de pesquisa mais recentes relacionados à GEE na pecuária de corte.

Um dos destaques foram os estudos da Rede Pecus de Pesquisa, criada em 2011 e coordenada pela pesquisadora da Embrapa, Patrícia Anchão. A Rede, formada por mais de 350 profissionais, levantou e avaliou a dinâmica de GEE e o balanço de carbono em sistemas agropecuários dos Biomas – Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Pampa, Amazônia e Cerrado. Os resultados preliminares estavam no II SIGEE e mostraram, segundo Patrícia, o quanto o Brasil encara a temática. Para ela, o empenho continuará, focado agora em valorizar a qualidade da carne nacional, agregando valor ambiental e nutricional.

Outra observação da pesquisadora e apontada pelo coordenador técnico do evento, Roberto Giolo de Almeida, foi a presença de produtores rurais em um Simpósio considerado de alto conteúdo técnico. Para Massao Ohata, a resposta é simples: “é o futuro da produção”. O produtor de Miranda (MS) reconhece que ainda é distante a implementação imediata de alguns processos e metodologias apontadas, mas é essencial ter “a consciência do que será melhor para o sistema e, assim, quando chegar a hora, o produtor saberá, exatamente, onde e como investir com responsabilidade”.

O número total de trabalhos também marcou esta 2ª edição. Giolo comenta que na primeira edição, em 2010, o cenário era incipiente e os 127 resumos apresentados este ano provaram que os especialistas trabalharam bastante durante o período e querem melhorar, de fato, a produção agropecuária nos pilares sociais, econômicos e ambientais. Professor na Universidade Nacional da Colômbia, Luis Giraldo, esteve presente nas duas edições e para ele foi impressionante acompanhar o avanço brasileiro, com trabalhos rigorosos, sérios e projeções futuras. Ele ressalta que o evento foi direcionado somente para a pecuária de corte e a quantidade e qualidade dos resumos indicam isso.

“Sim, a comunidade científica está cada vez mais preocupada com todas estas questões, que já são parte (ou devem ser) das agendas de prioridade das instituições ligadas, direta ou indiretamente, com a produção agropecuária”, enfatiza Fernando Mendes Lamas, secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul. Agrônomo por formação e pesquisador na área de fitotecnia, Lamas salienta que há uma mudança de cultura em andamento e o entendimento da relevância destes estudos é fundamental para que avanços aconteçam. Para Maurício Saito, presidente do Sistema Famasul, o Simpósio fortaleceu mesmo a relação entre produção e comunidade científica e “estimulou, ainda mais, a divulgação e a prática de iniciativas sustentáveis para Mato Grosso do Sul”.

O II SIGEE encerrou-se com o anúncio pelo chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, de a realização do II Congresso Mundial de ILPF, em Mato Grosso do Sul. “Os sistemas integrados são ferramentas para mitigação e o Estado é representativo no assunto”, pontuou Cleber. A primeira edição do Congresso aconteceu no ano passado em Brasília (DF).

Simpósio – O II Simpósio Internacional sobre Gases de Efeito Estufa na Agropecuária (II SIGEE) foi realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Sistema Famasul, com patrocínio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sicredi, JBS e Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore MS).

O evento teve o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), da Rede de Fomento ILPF, da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB/MS), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e WRI Brasil.

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