17/08/2016 11h17 – Atualizado em 17/08/2016 11h17
Em seu mais recente Sumário Executivo de Comercialização e Abastecimento, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura aponta – na edição relativa ao Complexo Carnes e com base em estimativas iniciais da Conab – que em 2016 a disponibilidade interna de carne de frango pode chegar aos 46,2 kg per capita, aumentando pouco mais de 1% em relação a 2015.
A projeção parte de um alojamento de pintos de corte estimado em 6,750 bilhões de cabeças, o suficiente para produzir [pouco mais de] 14 milhões de toneladas de carne de frango. Deduzidas daí exportações da ordem de 4,510 milhões de toneladas, resta no mercado interno volume ligeiramente superior a 9,5 milhões de toneladas. Com a população brasileira prevista em 206,1 milhões de habitantes, a disponibilidade interna fica muito próxima dos 46,2 kg per capita.
Datada dos primeiros meses do ano, a projeção da Conab tinha sentido naquela ocasião. Porque, então, a produção e o alojamento de pintos de corte (parâmetros básicos dessas estimativas) vinham se expandindo a médias elevadas, superiores a 5% ao ano.
Mas à medida que o ano avançava e os custos se elevavam esse cenário foi mudando e, hoje, sabe-se que é pouco provável o alojamento de pintos de corte chegar aos 6,750 bilhões, embora isso represente aumento de menos de 4% em relação ao ano anterior.
Por sinal, os dados relativos ao primeiro semestre e as informações iniciais sobre a produção de pintos de corte de julho já confirmam o que seria apenas uma tendência.
No semestre, produção e alojamento ficaram próximos dos 3,3 bilhões de pintos de corte. Assim, para chegar-se aos 6,750 bilhões originalmente estimados pela Conab, o alojamento do corrente semestre deveria situar-se em torno dos 3,450 bilhões de cabeças – média mensal de 575 milhões de pintos de corte.
Como, porém, há indicações de que em julho não se chegou aos 520 milhões de cabeças (resultado preliminar passível de confirmação), será preciso produzir mais de 580 milhões de pintos de corte nos próximos meses para se chegar ao número estimado – uma hipótese absolutamente remota nas condições atuais de produção e de consumo, ainda que o setor disponha de capacidade instalada para chegar a tanto.
Aliás, diante da situação presente, fica difícil, até, repetir-se a produção do primeiro semestre – volume médio próximo de 550 milhões de pintos de corte mensais.
Fonte: Avisite
