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Área de agropecuária de baixo carbono deve quadruplicar até 2020

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31/08/2016 11h24 – Atualizado em 31/08/2016 11h24

As tecnologias, práticas e sistemas dedicados a promover a agropecuária de baixo carbono devem chegar a cerca de 30 milhões de hectares em 2020, alcançando uma área quatro vezes maior do que a atual, estimada em sete milhões de hectares. Foi o que destacou Elvison Nunes Ramos, coordenador-geral de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante o lançamento do Plano de Agricultura de Baixo Carbono de São Paulo, na última segunda-feira (29), na capital paulista.

De acordo com Ramos, a extensão de território prevista corresponde justamente à projeção de alcance do Programa ABC nacional para daqui quatro anos. Atualmente, segundo o representante do Mapa, aproximadamente 47% dos municípios do País já têm, ao menos, um contrato do Programa ABC.

Criada em 2010, a iniciativa oferece linhas de crédito voltadas ao estímulo à adoção de tecnologias, boas práticas e sistemas sustentáveis no campo, com destaque para recuperação de pastagens degradadas, integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF), plantio direto, tratamento de dejetos animais – que se transformam em adubo ou energia -, fixação biológica de nitrogênio nas plantas e incentivo ao plantio de florestas.

O Estado de São Paulo, ressaltou Ramos, é um dos principais tomadores de linhas de financiamento do Programa ABC, chegando a cerca de R$ 1,3 bilhão em recursos captados. Nacionalmente, desde 2010, os contratos vinculados ao Programa ABC somam aproximadamente R$ 13,2 bilhões. “E a criação do plano em São Paulo só vai fortalecer esta política, porque complementa o esforço já corrente por parte do governo federal”, salientou o representante do Mapa.

Além da verba do programa nacional, os produtores rurais paulistas também poderão acionar o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) para financiar à adoção das práticas, tecnologias e sistemas de agropecuária de baixo carbono em suas propriedades. De acordo com o secretário-executivo do Feap, Fernando Aluizio Pontes de Oliveira Penteado, cerca de R$ 20 milhões estão ofertados para captação por parte dos produtores.

Ramos pontuou, ainda, que aumentar a participação do Nordeste no Programa ABC é um dos desafios daqui em diante. “É a região com menor adesão até o momento”, assinalou, acrescentando que além do benefício ambiental, a agropecuária de baixo carbono acarreta é em melhor resultado financeiro para o produtor rural, que passa a produzir de modo mais eficiente.

Fonte: Datagro

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