30/09/2016 12h35 – Atualizado em 30/09/2016 12h35
Leia o que disse Alexandre Mendonça de Barros, da MB Associados, ontem durante encontro que abordou o desafio da pecuária de corte ontem, em São Paulo: “Prevejo um cenário positivo para a carne bovina na próxima década. Nossos mais importantes concorrentes no mercado global de carne (Estados Unidos, Austrália, Argentina) estão numa espiral de retenção de fêmeas para recomposição do rebanho. O Brasil está em movimento inverso, reduzindo a retenção de fêmeas. Com isso, temos oportunidades de ampliação da exportação.”
Promovido pela Merial, o encontro reuniu pecuaristas e especialistas do agronegócio da carne e foi bastante concorrido. Estiveram lá, junto com Alexandre, Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e Henri Berger, diretor global da Merial. Segundo Roberto Rodrigues, o Brasil tem potencial e objetiva produzir 11,2 milhões de toneladas de carne bovina até 2020, 40% sobre a produção de 2011. “Temos potencial, terra, água e espaço para fazer isso, porém, é fundamental nesse processo o investimento em novas tecnologias de saúde animal, nutrição, genética, manejo e gestão”, diz Rodrigues.
Alexandre Mendonça de Barros afirmou ainda que a queda de consumo, que prejudicou a cadeia produtiva em 2016, não deve ser repetida no ano que vem. Isso porque, afirma, há previsão de recuperação da economia o que poderá refletir-se na demanda do brasileiro por carne.
Já Henri Berger, da Merial, informou que as enfermidades dos rebanhos são responsáveis por perdas de 20% da pecuária mundial. “Estamos falando em US$ 300 bilhões de perdas todos os anos. Se reduzirmos essas perdas em 50% teremos carne para alimentar mais 750 milhões de pessoas”, calcula ele.
Fonte: Revista Globo Rural