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Suíno Vivo: Mercado inicia recuperação com demanda de fim de ano e fecha a semana com alta

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28/11/2016 10h56 – Atualizado em 28/11/2016 10h56

Após período de estabilidade, a semana encerra com recuperação de preços para o suíno vivo em grande parte das praças de comercialização. Nesta sexta-feira (25), as cotações fecharam estáveis, porém as bolsas de suínos de diversos estados fecharam a referência de negócios em alta.

Informações do analista da Safras & Mercado, Allan Maia, apontam que o mercado começa a esboçar reação diante da demanda das festas de fim de ano, o que refletiu nos preços. A tendência é de que nas próximas semanas ainda haja novas altas nas principais regiões.

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) também aponta para a tendência de recuperação nas próximas semanas, embora o cenário no atacado ainda seja de preços mais próximos da estabilidade. “A expectativa de colaboradores consultados pelo Cepea é de que o mercado reaja nos próximos dias”, explica o Centro.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que os negócios no estado já estão acima do valor de referência. Além disto, a oferta reduzida no estado traz a perspectiva para novas altas nas próximas semanas.

Por outro lado, mesmo com esta recuperação, suinocultores ainda podem terminar o ano no vermelho com as dificuldades enfrentadas na demanda por proteína. “Mesmo melhorando os preços dos suínos, não podemos esquecer que 2016 foi um ano perdido para a suinocultura em termos de rentabilidade. As perdas acumuladas durante o ano não serão aliviadas por 3 ou 4 semanas. Vamos terminar o ano no negativo”, lamenta.

O presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estados de Minas Gerais) também explica que a recuperação é esperada nas próximas semanas com o período de festividades. “As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano”, diz.

Preços

O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior alta ocorreu justamente em Minas Gerais e Goiás. Com isso, a referência para a região é de R$ 4,40 pelo quilo do vivo, um acréscimo de R$ 0,20 em relação a definição anterior.

Em São Paulo, a alta foi de 3,80%, com negócios entre R$ 80,00 a R$ 82,00/@ [equivalente entre R$ 4,27 a R$ 4,37/kg vivo]. Porém, segundo informações da APCS, diversas vendas foram realizadas acima do valor de referência.

No Rio Grande do Sul, o acréscimo foi de 1,28%. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta para média estadual de 3,95 pelo quilo do vivo aos independentes. Nas demais regiões, o cenário é de preços estáveis.

Exportações

Os embarques de carne suína in natura continuam registrando bom desempenho em novembro, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MIDC). Em três semanas, foram exportadas 38,0 mil toneladas, com média diária de 3,2 mil toneladas.

Na comparação com o mês passado, o volume por dia chega a ser 18,9% maior, enquanto que em relação a novembro de 2016, a alta é de 14,6%. Em receita, os embarques somam US$ 101,0 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.657,7.

Fonte: Notícias Agricolas

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