31/03/2017 16h41 – Atualizado em 31/03/2017 16h41
Brasil agora tem o mais moderno laboratório de biossegurança para pecuária da América Latina
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, inaugurou o Laboratório Multiusuário de Biossegurança para a Pecuária (Biopec), nesta quinta-feira, 30, na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS). O Biopec é o mais moderno na área de pesquisa em segurança e qualidade da carne da América Latina, possibilitando estudos relacionados a agentes de alto risco como salmonelose, brucelose, tuberculose, vírus da febre aftosa, influenza aviária, influenza suína e raiva.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, explica que o laboratório é do tipo multiusuário e que outras instituições públicas ou privadas voltadas para atividades de ciência e tecnologia, podem fazer uso de sua infraestrutura para realização de projetos de PD&I em conjunto com a Embrapa. “A pesquisa agropecuária passa a contar com um conjunto de instalações modernas que contribuirão para colocar o Brasil em posição diferenciada na segurança dos alimentos e das cadeias produtivas pecuárias”.
Ele destacou que o Biopec é fundamental para o Brasil se manter na fronteira do conhecimento e das boas práticas de proteção da pecuária. “O Brasil está dando um salto de qualidade na pesquisa e equiparando-se aos países mais desenvolvidos. Avançaremos em pesquisas de ponta que antes não eram feitas no País devido à ausência de estrutura de alto nível de biossegurança”.
Para o ministro Blairo Maggi, o Biopec proporciona segurança, conhecimento e tranquilidade para o Brasil mostrar ao mercado externo. “O que a Embrapa está oferecendo ao Brasil é uma nova oportunidade de multiplicar a nossa produção”.
“A entrega desse laboratório contribui muito para a melhor sanidade e maior segurança aos mercados que consomem os nossos produtos”, avalia o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.
O chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Cleber Soares, acrescenta que o laboratório conta com um conjunto de instalações que aumenta a capacidade do Brasil de garantir a qualidade sanitária dos rebanhos. “O laboratório terá capacidade analítica para execução de pesquisas voltadas, principalmente, para prevenção, controle e erradicação das principais doenças de risco biológico para a cadeia produtiva da pecuária brasileira, tanto para bovinos quanto para ovinos, caprinos, suínos e aves”.
Também será possível estudar em um mesmo laboratório bactérias causadoras de botulismo, antrax e intoxicações alimentares. Também poderão ser desenvolvidos testes e vacinas para doenças como a brucelose e trabalhos de pesquisa com príons (proteínas) causadores de encefalopatias espongiformes (vaca-louca e scrapie), sempre de acordo com as mais avançadas normas de biossegurança.
- Estrutura
A área total do laboratório é de aproximadamente 1.000 m2, das quais 500 m2 com infraestrutura contendo área de contenção em biossegurança, além de uma inédita estrutura para biotério de manutenção e experimentação animal Nível 3. O Laboratório conta com um complexo sistema de segurança automatizado e integrado.
A previsão é que comece a funcionar em abril, com início de operação pelas salas de apoio, onde há infraestrutura em biologia molecular e para operações de suporte. Logo depois começa o funcionamento dos laboratórios dos níveis mais avançados e o biotério de experimentação.
Para a construção do Laboratório Multiusuário de Biossegurança para Pecuária (Biopec) foram investidos R$ 10 milhões. Os recursos têm como origem o orçamento da Embrapa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
- “Qualidade da Carne” no Portal da Embrapa
Durante a inauguração do Biopec, o presidente da Embrapa anunciou o lançamento da página especial sobre “Qualidade da Carne” no Portal da Empresa. O objetivo é disponibilizar para a sociedade parte do conhecimento técnico-científico, gerado por diversas instituições de pesquisa nacionais e pela iniciativa privada. A página pode ser acessada no endereço eletrônico https://www.embrapa.br/qualidade-da-carne/ e foi estruturada a partir das cadeias produtivas de carne bovina, suína e de aves, agregando tecnologias, publicações, vídeos e projetos de pesquisa voltados para as diversas fases do sistema de produção: genética, nutrição, boas práticas de criação, sanidade, reprodução, processamento, transporte, abate, rastreabilidade e segurança do alimento (com informações de Robinson Cipriano, Secretaria de Comunicação da Embrapa)