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domingo, 27 de outubro de 2024
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Índios ampliam invasão de áreas urbanas e espalham terror em Dourados

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24/07/2019 18h43 – Atualizado em 24/07/2019 18h43

Lideranças cooptadas de aldeias de outros municípios repetem a velha prática de tentar extorquir proprietários para deixar as chácaras e propriedades que se dedicam à produção agrícola

Um grupo de índios cooptados de outras aldeias da região, inclusive de Caarapó, Amambai e Ponta Porã, está ampliando as invasões de propriedades particulares em áreas urbanas de Dourados. A nova onda de invasão foi denunciada à Polícia Federal em Dourados, mas com pouco efeito os agentes federais não deram ao problema a atenção que deveriam destinar.

A única corporação que ainda atende os sitiantes e proprietários de áreas vizinhas à Reserva Indígena de Dourados é a Polícia Militar, mas por se tratar de competência da Polícia Federal os policiais pouco podem fazer para conter a violência dos índios que, em quase sua totalidade, passam o dia ingerindo bebidas alcoólicas e ameaçando os moradores com facões e até armas de fogo.

Os proprietários têm recorrido à contratação de empresas de segurança privada para garantir o direito de propriedade, mas nas últimas semanas os índios estão atacando até mesmo os trabalhadores que atuam nesse setor. O Boletim de Ocorrência número 2.865/2019, lavrado no dia 21 de julho de 2019, por exemplo, revela que o segurança Anderson Baes, de 35 anos de idade, sofreu graves ameaças por partes de líderes da invasão, identificados como Aderso Machado e Chatalin Graito Benites. “Eles prometeram invadir tudo e tocar fogo nas propriedades e queimar quem estivesse fazendo a segurança da área”, narrou a vítima no Boletim de Ocorrência.

Em outra ocorrência, de número 1.823/2019, lavrada em 16 de julho, os proprietários das áreas ameaçadas de invasão tiveram que acionar o Corpo de Bombeiros para apagar um incêndio criminoso. No histórico da ocorrência, os bombeiros narram: “Chegando ao local percebemos que vários índios estavam na mata, alguns armados com pedaços de madeiras, facão e mascarados. Devido a aglomeração dos indígenas e movimentos hostis, foi solicitado equipe da Força Tática da PM, porém quando os mesmos chegaram ao local o fogo já havia sido debelado”.

O fato é que proprietários de sítios e chácaras localizadas ao lado da Reserva Indígena de Dourados estão sofrendo com as invasões de áreas particulares nas últimas semanas. Os sitiantes, que pediram para não ser identificados por medo de retaliação, afirmam que testemunharam veículos com placas de outras cidades levando mantimentos e bebidas para os invasores. A onda de invasões começou em março de 2016, quando lideranças de fora da Reserva Indígena tomaram dezenas de propriedades e expulsaram os moradores.

Os sitiantes apontam que a ampliação da invasão está sendo articulada por indígenas de Caarapó, Amambai e Ponta Porã, alguns, inclusive, pertencentes à família Veron, que há mais de uma década mantém a invasão à Fazenda Brasília do Sul, em Caarapó. Outra denúncia dos sitiantes é que os coordenadores da invasão estariam exigindo dinheiro dos proprietários para deixar a área.

Existe ainda a denúncia que as invasões nas áreas vizinhas à Reserva Indígena também estão recebendo apoio de um grupo de professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Os sitiantes chegaram a filmar os professores levando desde mantimento até lonas pretas para que os índios pudessem erguer os barracos nas áreas invadidas.

Com apoio dessas pessoas, os grupos indígenas acabam ganhando força e espalhando o terror pelas propriedades vizinhas da Reserva Indígena, onde eles matam animais de criação, furtam utensílios domésticos, destroem lavouras e áreas de palhada para o plantio direto, além de agressões físicas aos moradores e seguranças particulares que tentam proteger as propriedades.

JUSTIÇA FEDERAL

Os proprietários têm recorrido à Justiça Federal na expectativa de garantir tanto o direito de propriedade, através de interditos proibitórios, que são medidas judiciais proibindo a invasão de uma determinada área, até de reintegração de posse nas áreas já invadidas e destruídas pelos índios. Contudo, a lentidão da Justiça Federal acaba favorecendo a ação dos índios, ao mesmo tempo em que a falta de efetivo na Delegacia da Polícia Federal em Dourados impede uma investigação detalhada das invasões orquestradas pelos índios.

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