20/09/2019 15h20 – Atualizado em 20/09/2019 15h20
Por: Gazeta do Campo
Rio, 20 – O País tinha um rebanho de 213,5 milhões de cabeças de bovinos em 2018, uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior, segundo o levantamento Produção da Pecuária Municipal, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, o rebanho bovino já tinha diminuído 1,5% ante 2016.
A redução no número de animais no ano passado é explicada por um aumento no abate de cabeças de gado. O Brasil alcançou volume recorde de exportações de carne bovina em 2018, apontou o IBGE.
“Ao longo do ano a atividade pecuária foi impactada pelo aumento nos custos de produção, relacionado principalmente ao custo da alimentação dos animais, pela greve dos caminhoneiros, que dificultou a manutenção, bem como a entrada e a saída de produtos e de animais das propriedades, além de barreiras comerciais à importação das carnes brasileiras”, acrescentou o IBGE, em nota.
Mato Grosso mantém a liderança na criação de bovinos desde 2004, responsável por 14,1% de todo o rebanho nacional, 30,2 milhões de cabeças.
Já o município com a maior quantidade de bovinos fica no Pará, São Félix do Xingu, com 2,3 milhões de cabeças. Em segundo lugar figurou Corumbá, em Mato Grosso do Sul, com 1,8 milhão de cabeças, seguido por Ribas do Rio Pardo (MS), com 1,1 milhão de cabeças, Cáceres (MT), também com 1,1 milhão de animais, e Porto Velho (RO), com 1 milhão de bovinos.
Dos 26 municípios brasileiros com os maiores rebanhos de bovinos em 2018, 15 estavam na Região Centro-Oeste e 11 na Região Norte.
O Brasil tem o segundo maior rebanho e é o principal país exportador de carne bovina em todo o mundo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
A produção nacional de leite totalizou 33,8 bilhões de litros, um crescimento de 1,6% ante 2017. A Região Sul deteve 34,2% da produção nacional, seguida pelo Sudeste, com 33,9%. No ano, o aumento na produção foi impulsionado pela Região Nordeste. Os três municípios com maior produção foram Castro (PR), Patos de Minas (MG) e Carambeí (PR).
O efetivo de vacas ordenhadas no País foi estimado em 16,4 milhões de animais, 7,7% do efetivo de bovinos do País, o equivalente a uma queda de 2,9% em relação à quantidade ordenhada no ano anterior.
A produtividade média subiu 4,7% em 2018, para 2.069 litros por vaca ao ano. A Região Sul manteve a liderança da produtividade nacional, com 3.437 litros por vaca ao ano, um aumento de produtividade de 4,3% em relação a 2017. Os municípios com maior produtividade foram: Araras (SP), Carambeí (PR) e Castro (PR).
O preço médio nacional foi de R$ 1,16 por litro de leite, aumento de 4,7% em relação a 2017, alcançando um valor de produção de R$ 39,3 bilhões em 2018. O maior preço médio foi encontrado na Região Nordeste (R$ 1,26 por litro), enquanto o menor preço médio foi observado na Região Norte (R$ 0,99 por litro).
A produção nacional de leite não fiscalizada explica a diferença entre o total de leite produzido no País estimado pela Produção da Pecuária Municipal e a quantidade de leite cru adquirida pelos laticínios sob inspeção sanitária (24,5 bilhões de litros), obtida pela Pesquisa Trimestral do Leite. A produção de leite fiscalizada correspondeu a 72,3% do total produzido no Brasil em 2018, explicou o IBGE.