27/05/2020 15h44 – Atualizado em 27/05/2020 15h44
Por: Gazeta do Campo
A estimativa aponta que o consumo de carne bovina mundial deve recuar com a desaceleração da econômica, conforme informou a Rabobank em seu relatório trimestral. As projeções apontam que a economia brasileira deve reduzir 1,8%, enquanto a China crescerá 1,2%.
A redução na atividade econômica é resultado dos efeitos do coronavírus no países, mas que também deve gerar impacto na demanda mundial de proteína animal. Outro fator que está prejudicando o consumo de carne é o fechamento de restaurantes e food service e que deve mudar os padrões de consumo da população.
“Esperamos mudanças nos padrões de consumo da população a nível global e isso vai ser o resultado dos efeitos da recessão econômica e também pelo fato de alguns países terem reduzido a produção de proteína animal”, reportou.
Com relação à produção de proteína animal na Índia, as negociações de búfalos foram impactadas em função da logística e leis trabalhistas. Por isso, algumas indústrias estão operando de forma limitada “Além disso, existem atrasos nos portos indianos para a movimentação do produto, pois as operações nos portos estão sob pressão”, informou o banco.
Na Austrália, os efeitos do coronavírus ainda são mais preocupantes já que as vendas no varejo em março tiveram uma queda de 23% em restaurantes e bares. “Com os números de casos Covid-19 estabilizados no País, as medidas de isolamento estão mais flexíveis e a expectativa é que o consumo volte gradativamente”, afirmou.
Ainda de acordo com o relatório da Rabobank, a disseminação do coronavírus interrompeu o processamento de carne bovina em diversos países. “Durante os meses de março a abril, ocorreu paralisação em diversas plantas nos Estados Unidos, em que os volumes de abate recuou quase 50% se comparado a 2019”, informou o banco holandês.
Com dificuldade em abater os animais, os preços da carne bovina tiveram um aumento significativo em que os valores de alguns cortes estavam cotados a US$ 470/cwt. Enquanto, isso os valores ofertados para os animais de confinamentos registraram uma queda.
“O processamento de carne bovina já começa a aumenta gradativamente e a expectativa é que os níveis normais de produção nos Estados Unidos fiquem estabelecidos a partir de junho”, destacou o Rabobank.
As plantas frigoríficas na Nova Zelândia também foram impactadas com as medidas de isolamento social, na qual tiveram que reduzir a capacidade de abate em até 70%.
Por: Alexandrozinho
Fonte: Notícias Agrícolas