19/08/2020 09h14 – Atualizado em 19/08/2020 09h14
Por: Gazeta do Campo
**Boi: arroba se estabiliza ainda sem força para romper os R$ 230
Milho: indicador do Cepea tem uma das maiores sequências de altas da história
Soja: porto de Paranaguá registra negócios acima de R$ 130
No Exterior: bolsas americanas batem máximas históricas e retomam nível pré pandemia
No Brasil: entendimento entre Bolsonaro e Paulo Guedes é bem recebido pelo mercado
Agenda:
Brasil: fluxo cambial semanal
EUA: ata da última reunião de política monetária do Banco Central americano
EUA: estoques semanais de petróleo
Boi: arroba se estabiliza ainda sem força para romper os R$ 230
O indicador Cepea/B3 recuou para R$ 226,20 por arroba. Na B3, também houve uma pequena queda e o ajuste do vencimento para outubro ficou em R$ 225,90. A Agrifatto Consultoria enxerga vendas de carne bovina desacelerando no atacado e o preço emperrado nos R$ 230 por arroba em São Paulo.
Ainda assim, a consultoria analisa que a oferta restrita tem impedido queda nos preços pagos aos pecuaristas. A Scot Consultoria observa uma melhor oferta de gado confinado mantendo a estratégia de compra compassada dos frigoríficos.
No mercado de reposição, por outro lado, os preços seguem avançando. Em São Paulo, o indicador do Cepea bateu novo recorde e ficou cotado em R$ 2149,62 a cabeça. O indicador para o Mato Grosso do Sul também subiu e ficou em R$ 2066,09, se aproximando cada vez mais do maior valor já registrado que foi de R$ 2090,86, no dia 22 de julho deste ano.
Milho: indicador do Cepea tem uma das maiores sequências de altas da história
O indicador do milho Cepea/Esalq/BM&FBovespa, com base nos preços em Campinas/SP chegou ao décimo quinto dia consecutivo de alta e ficou cotado a R$ 57,63 a saca. As maiores sequência até agora foram de 18 dias em 2016 e de 17 dias em 2009. Na B3, o contrato para setembro recuou após dez dias consecutivos de alta e teve ajuste em R$ 59,07.
Em Chicago, o cereal recuou e o contrato para setembro ficou em US$ 3,27 por bushel. A queda repercutiu o relatório do Departamento de Comércio dos EUA que mostrou piora das condições das lavouras menor que o projetado pelo mercado.
Soja: porto de Paranaguá registra negócios acima de R$ 130
O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá avançou mais 1,1%, renovou novamente o recorde histórico e ficou cotado a R$ 131,09 a saca. No mês de agosto, o indicador já alcança uma alta de 10%. A consultoria Safras & Mercado registra preços ainda maiores no porto e vê negócios a R$ 133. De acordo com a empresa, a necessidade dos compradores e a falta do produto distorcem os preços, e os negócios ocorrem de maneira pontual.
No Exterior: bolsas americanas batem máximas históricas e retomam nível pré pandemia
Os mercados globais retomam o otimismo sustentados pela expectativa de mais medidas de estímulos para a economia global. Especificamente nos Estados Unidos, a preocupação com uma segunda onda de coronavírus ficou um pouco menor e há sensação entre os investidores que o novo pico de contaminação já foi atingido. Com isso, as bolsas americanas retomaram o nível pré pandemia e renovaram recordes históricos.
Na agenda de hoje, o mercado foca na ata da última reunião do Banco Central americano na espera de sinalizações em relação à política americana para os próximos meses. Por fim, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, mostrou que os democratas podem estar dispostos a negociar o pacote fiscal com os republicanos.
No Brasil: entendimento entre Bolsonaro e Paulo Guedes é bem recebido pelo mercado
A bolsa brasileira retomou nível acima de 100 mil pontos após mensagens de entendimento entre o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia Paulo Guedes. No câmbio, o tom positivo também foi observado e o dólar voltou a opera abaixo de R$ 5,50.
Na agenda política, Bolsonaro, Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, têm reuniões agendadas com o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). Na noite de ontem, terça-feira, 18, o governo enviou um projeto de lei ao Congresso para pedir a abertura de crédito extraordinário de R$ 5 bilhões para finalizar obras em andamento.
Por: Alexandrozinho
Fonte: Canal Rural