27/10/2020 14h44 – Atualizado em 27/10/2020 14h44
Imagem: Gazeta do Campo
No decorrer deste mês, os impactos da forte estiagem que atingiu o interior paulista se intensificaram. Isto porque, apesar de benéfico para o consumo de folhosas, o clima quente e seco propiciou a proliferação de pulgão – problema que não era observado há algum tempo na região, nesta intensidade. Porém, segundo produtores consultados pelo Hortifruti/Cepea, a infestação foi controlada e não afetou significativamente a oferta de alface.
Além deste fato, as dificuldades de irrigação podem prejudicar a qualidade dos pés e impedir o transplantio, reduzindo o volume a longo prazo. Chuvas pontuais, na segunda quinzena deste mês, amenizaram a falta de irrigação, “lavando” as pragas de clima seco e mantendo o aspecto dos pés inalterado – mesmo assim, as precipitações não foram suficientes para encher os reservatórios.
Com isso, produtores se mostram cautelosos quanto à área para o verão, prática que deveria se intensificar em outubro. O reflexo deste receio está na comercialização de mudas: o volume negociado na parcial de outubro deste ano está 26,9% inferior ao do mesmo período do ano passado. Assim, a disponibilidade de alface nas roças paulistas esteve reduzida durante o mês, favorecendo levemente as cotações, já que a procura ainda não teve aumento expressivo. Na parcial do período (1° a 23/10), o preço médio da americana, em Mogi das Cruzes, é de R$ 0,69/unidade, valor 4,5% superior ao observado em setembro. Em Ibiúna, a mesma variedade tem média de R$ 0,54/unidade, alta de 5% frente ao mês anterior.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Cepea/Hortifruti