22/09/2021 20h42 – Atualizado em 22/09/2021 20h42
Imagem: Gazeta do Campo
Assim como os departamentos de uma empresa, as abelhas também seguem uma organização de excelência. Quando a meta é a multiplicação de enxames, a precisão na distribuição e logística desses insetos exige técnicas específicas, que são ensinadas nos cursos e na Assistência Técnica e Gerencial do Senar Mato Grosso do Sul. Esse é o tema da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (22).
Antes de falar na produção de enxame queremos fazer uma pergunta: você sabia que a única diferença entre a operária e a rainha é o alimento? As duas são geneticamente iguais, porém, no processo de desenvolvimento, as rainhas são alimentadas durante toda a vida exclusivamente por geleia real, uma substância proteica secretada pelas abelhas mais jovens. Já as operárias, após o terceiro dia de larva, recebem como alimento uma mistura de mel e pólen.
Como a geleia real possibilita o maior desenvolvimento do aparelho reprodutivo, isso faz com que as rainhas sejam as únicas capazes de fazer postura de fêmeas e machos, mantendo a população da colônia.
“Essa informação é extremamente importante na produção de enxames, principalmente na escolha dos quadros que serão doados e darão origem às novas colônias. Caso não haja uma realeira pronta para ser inserida no novo enxame, as operárias terão que puxar as realeiras para dar origem a uma nova rainha, e isso só é possível nos quadros com ovos e larvas até o terceiro dia, que foram alimentados exclusivamente com a geleia real”, explica a supervisora de campo, Gabriela Puhl Rodrigues.
A escolha do método depende do perfil do produtor rural e dos equipamentos disponíveis na propriedade, mas os mais comuns no estado são o de divisão de enxame – em que uma colônia é dividida em duas, assim como a multiplicação de enxames, em que se doam um ou dois quadros de cria da matriz para a colônia filha. Os detalhes sobre cada um deles são ensinados no curso ‘Produção de Enxames’, oferecido gratuitamente. Acesse senarms.org.br e confira a editoria #MercadoAgropecuário publicada na segunda (20).
Por: Alexandro Santos
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul