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Analista alerta para bom momento de venda do milho, já que mercado vai recuar quando a guerra acabar
O conflito entre Rússia e Ucrânia é o fator principal para sustentar as grandes valorizações registradas pelas cotações do milho nos últimos dias, se somando aos outros fundamentos altistas que já existiam como os baixos estoques mundiais e as quedas de produção da América do Sul.
Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, a Rússia sendo grande exportadora de petróleo empurra os preços internacionais e isso impacta no etanol de milho dos Estados Unidos. Além disso, a Ucrânia responde por 20% da exportação mundial do cereal e vai ter muitas dificuldades para implementar a próxima safra que seria plantada entre março e junho.
Diante deste cenário, o Brasil pode abocanhar uma fatia da demanda pelas 35 milhões de toneladas exportadas anualmente pelos ucranianos. Outro benefício os produtores brasileiros são os atuais preços elevados e a boa janela de oportunidades para negociações.
Rafael destaca que esse é um bom momento para fechar novas vendas e aproveitar os patamares atuais elevados. Na visão do analista, o mercado irá recuar quando houver um cessar fogo no conflito, talvez não aos patamares do pré-guerra, mas em níveis menores do que os atuais.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Notícias Agrícolas