24.7 C
Dourados
sábado, 23 de novembro de 2024
- Publicidade-

Trigo dispara no mercado internacional nesta 3ª feira focado nas tensões se agravando entre Rússia e Ucrânia

- Publicidade -

Podcast

Entrevista com Jonathan Pinheiro – Consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX sobre o Mercado do Trigo

A terça-feira (22) foi muito agitada para o mercado de commodities agrícolas e quem encerrou o movimento de avanço, se aproximando do limite de alta na Bolsa de Chicago, foi o trigo. Os futuros do cereal – não só na CBOT, mas nas principais bolsas internacionais onde é negociado, como Kansas e a Euronext – também subiram, muito focados na escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia.

Na Bolsa de Chicago, as cotações terminaram o dia com altas de quase 50 pontos, levando o maio a US$ 8,52 e o julho a US$ 8,47 por bushel. A disparada do grão puxou ainda as cotações do milho, da soja e dos derivados da oleaginosa, com o óleo de soja concluindo o dia com altas de mais de 4% nesta terça.

“Temos dois grandes produtores de trigo, responsáveis por cerca de 15% da produção mundial, mas importantes fornecedores de trigo ao mundo, estamos falando de quase 60 milhões de toneladas de exportação, cerca de 30% das exportações mundiais, relativamente, em xeque. Temos muitas incertezas em relações aos próximos capítulos dessa história”, explica Jonathan Pinheiro, consultor em Gerenciamento de Riscos da StoneX em entrevista ao Notícias Agrícolas.

A oferta global de trigo já vinha escassa depois das quebras não só na Rússia, mas em outros importantes fornecedores globais como Canadá e alguns países da Europa, o que agrava ainda mais a preocupação com o fornecimento do cereal. Também por isso compradores importantes, como o Egito, por exemplo, já vinham se adiantando em suas compras.

A indústria brasileira é outro exemplo, tendo também suas compras bem adiantadas. Ainda assim, a recente valorização do real poderia abrir janelas de oportunidades para os compradores do Brasil já que, externamente, o viés é de alta para as cotações.

Países como França, Estados Unidos, Argentina e Austrália seriam alternativas aos mercados russo e ucraniano, porém, todos eles também passam por momentos de estoques ajustados de trigo, o que não compensa a totalidade do buraco que poderia ser aberto pelos países que estão na iminência de um conflito.

Além de de problemas de oferta, são levantadas também as dificuldades com logística quando se coloca em pauta a tensão entre Rússia e Ucrânia. Toda a região do Mar Negro fica comprometida, com navios já temerosos em navegar águas próximas à região.

Por: Alexandro Santos

Fonte: Notícias Agrícolas




Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-