Imagem: Gazeta do Campo
Depois de começarem o dia com altas tímidas na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa voltaram a subir forte na tarde desta quinta-feira (20). Perto de 13h50 (horário de Brasília), os ganhos variavam entre 23,75 e 29,50 pontos nas posições mais negociadas, levando o maio aos US$ 14,29 e o julho a US$ 14,34 por bushel.
O mercado segue se recuperando das perdas dos últimos dias e, segundo analistas e consultores, voltando a olhar para a quebra da América do Sul, bem como para as condições climáticas por aqui. As atenções agora se dão sobre o Paraguai, principalmente, além de partes ainda do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“No estado gaúcho os produtores ainda não conseguiram terminar o plantio, e as chuvas estão muito falhadas e em baixos volumes. Para este final de semana, as temperaturas deverã passar, novamente, dos 40ºC”, explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.
Para a Argentina, ainda há precoupações, mais menos agressivas com a possibilidade de precipitações melhores.
“As previsões de tempo para a América do Sul seguem mostrando consistentes chuvas para a Argentina. Já no Rio Grande do Sul as chuvas começam a mostrar força no extremo norte do estado, mas o lado oeste ainda continua
carente de chuvas. O modelo GFS prevê para o Paraguai bons volumes de até 40 mm para os próximos 10 dias”, informa o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.
Além disso, as altas de mais de 2% entre os futuros do óleo de soja negociados na Bolsa de Chicago também ajudam a puxar os preços do grão. O farelo também volta a subir e avança mais de 1% na CBOT.
Do mesmo modo, segue no radar dos traders o comportamento da demanda – com especulações de que a China estaria aumentando suas compras de soja e milho nos EUA – , dos vendedores nos EUA e aqui. E ainda como explica Eduardo Vanin, os fundos buscando proteção contra a inflação global também favorecem o andamento das cotações nesta trajetória. “E as commodities são uma ótima opção. Os grãos subiram pouco neste ano e são uma ótima alternativa”, diz.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Notícias Agrícolas