Imagem: Gazeta do Campo
No último dia do desafiador ano de 2021, os agricultores do Oeste da Bahia, representados pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) deram início ao carregamento de 60 toneladas de alimentos, que serão enviados para as cidades de Itapetinga e Ilhéus, respectivamente, no Sudoeste e Sul do estado, para ajudar às centenas de famílias atingidas pelas chuvas, que deixaram um rastro de destruição na região. Os caminhões partirão da cidade de Luís Eduardo Magalhães para o destino, abastecidos com gêneros, em sua maioria, produzidos e beneficiados no Oeste baiano, como arroz, feijão, óleo de soja, café e fubá de milho; a única exceção é o açúcar, que também compõe as cestas básicas. A doação, que totaliza, aproximadamente, 245 mil reais, atende a pedidos do Governo do Estado da Bahia, através da Casa Civil e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, outras mobilizações estão em curso, capitaneadas pelas duas entidades, assim como em conjunto com diversas organizações da sociedade civil na região Oeste. Estas ações têm sido recorrentes nos últimos anos, em situações de calamidade, como a seca que o estado enfrentou, entre os anos de 2014 e 2016, e a pandemia da Covid-19, a partir de 2020.
“Entendemos a solidariedade como um dever de cada cidadão e os agricultores, com o seu alto nível de organização e capacidade de mobilização, conseguem agir rápida e efetivamente para ajudar a minorar o sofrimento de tantas pessoas, num momento como este, doando, justamente, aquilo que é o fruto do seu trabalho”, afirma Bergamaschi. Ele cita como exemplo de capacidade de mobilização dos agricultores o engajamento de empresas, como a transportadora Naiara Transportes, de Luís Eduardo Magalhães, que proveu um dos caminhões para o envio dos alimentos.
Para o presidente da Aiba, os produtores rurais estão sempre trabalhando pela Bahia nos momentos bons, trazendo desenvolvimento econômico para o estado, e, também, atuando fortemente em situações de crise. “Vejo algo grandioso acontecendo nesse movimento do setor produtivo, assim como ocorreu na seca de 2014. Agora, o agro se mobiliza para ajudar os nossos irmãos baianos atingidos pelas enchentes”, pontuou Odacil Ranzi.
Por: Alexandro Santos
Fonte: Abapa