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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
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Agricultura familiar de Mato Grosso do Sul receberá quase R$ 7 milhões em investimentos para facilitar o acesso à água

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) estabeleceu um convênio com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que destina quase R$ 7 milhões para beneficiar famílias de agricultores familiares, comunidades indígenas e quilombolas no estado, por meio do Programa Cisterna do Governo Federal.

O objetivo desse programa é garantir o acesso à água potável e a recursos para a produção de alimentos, focando em famílias rurais com baixa renda e em equipamentos públicos rurais. Para isso, serão utilizadas tecnologias sociais simples e econômicas, como cisternas com capacidade para 16 mil litros e sistemas de captação de água da chuva.

No âmbito desse convênio, serão construídas 655 cisternas no estado. O projeto Tekohá Y Porã (que significa Terra e Água na língua Guarani Kaiowá) já implementou cisternas em várias aldeias indígenas em Mato Grosso do Sul.

Conforme mencionado por Humberto de Mello, secretário-executivo da Agricultura Familiar (SEAF) da Semadesc, o estado e a região sul do bioma Pantanal enfrentaram nos últimos anos uma severa crise causada por estiagem prolongada e incêndios florestais.

“A agricultura familiar foi muito afetada no quesito de acesso às águas. Esta situação ficou muito complicada devido às atividades que estes agricultores desenvolvem”, destacou.

Ele explica que o Programa permite que o produtor tenha acesso a tecnologia social, que seria uma segunda fonte de água. “São reservatórios que comportam 16 mil litros de água, que é coletada através da chuva. Vamos desenvolver toda uma capacitação das entidades e das famílias que serão beneficiadas com o programa”, frisou.

De acordo com Mello, esta água serve para melhorar a qualidade de vida das famílias. “Acessando a água, o agricultor poderá desenvolver rendas para a sobrevivência”, acrescentou, lembrando que, a SEAF e a Semadesc já têm monitorados os municípios que terão prioridade na implantação das cisternas.

“Inicialmente serão as localidades que tiveram maiores problemas com estiagem e queimadas no ano passado e municípios que decretaram situação de emergência. Então devemos atender às comunidades ribeirinhas, indígenas e os assentamentos que têm situação de acesso a água e quilombolas”, enfatizou.

Ele salienta que as entidades que vão implantar a tecnologia serão selecionadas via edital, e as cisternas serão construídas em sistema de mutirão.

Como participar

Para participar do Programa Cisternas, é preciso:

  • Estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
  • Residir na área rural
  • Não possuir abastecimento ou ter acesso precário à água de qualidade

Com informações: Comunicação Semadesc

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